terça-feira, 30 de dezembro de 2008

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

domingo, 28 de dezembro de 2008

Sobre 2008...




Sobre o Ano de 2008.


Eu tenho uma superstição, que tirei da minha mãe (alem do gosto pela cozinha), que cada vez faz mais sentido: Ano par é ruim.2008 foi um ano par que não fugiu a regra, logo foi um ano que não deixará saudade.
Tudo começou com eu voltando a estudar, depois de ter passado o ano de 2007 todo trancado.Isso foi uma boa coisa, apesar de ter perdido quatro períodos de Serviço Social; o diabo foi ter de começar de novo.De fato, eu quero mesmo é ser antropólogo.No doubts!Mas a base de ciências humanas que recebi no serviço social foi melhor que a minha base em Ciencias Sociais.Isso é meio desanimador...Eu tenho medo também pelo meu futuro depois de formar, mas isso é normal, também tinha esse medo no serviço social e esse tipo de insegurança é comum pra quem faz qualquer curso: será que serei bom o bastante?Só posso ter fé pra que dê tudo certo.
Por causa da minha volta á faculdade, resolvi num acesso de impulsividade mandar o meu emprego as favas.Em março, um mês depois de ter manifestado meu desejo de ir embora, eu fui mandado embora.No inicio fiquei hiper feliz, mas a medida em que o dinheiro foi acabando, o seguro desemprego indo embora, o marasmo de ficar sem fazer nada (depois de ter passado quase 3 anos sendo superprodutivo) foi me fazendo arrepender de tal atitude...Hoje eu sinto muita falta da Contax e de tudo que tinha conquistado lá.Percebi que fui ingrato e impulsivo, e tudo isso por cansaço, e agora decidi nunca mais fazer algo assim.É melhor ser determinado e perseverante, do que impulsivo e fútil nas suas escolhas.Especialmente a vida profissional que é como uma plantinha que precisa ser regada todos os dias...e demora, demora, demora pra crescer (e demora mais um bocado pra haver algum fruto).
Decidi que queria viajar, comecei a me preparar pra ir pra Londres visitar minha irmã.Ajeitei passaporte e tudo mais.Mas na hora H, acabei decidindo ficar.Num era hora de eu ir, pensei.Ainda sim, fui pra Salvador e passei uma semana lá.Uma semana deliciosa, apesar de ter sido assaltado e perdido a minha câmera que eu comprei com tanto sacrifício.Conheci um monte de gente de outros estados, com os sotaques mais variados e as realidades mais diferentes da minha.O ENECS foi meio bagunçado (passei até um pouco de fome lá), mas se me perguntassem se eu faria tudo de novo, a resposta seria um forte e sonoro SIM!A viagem foi cansativa e divertida, apesar de as vezes me sentir meio sozinho.Pude relaxar...ver o mar!Ah, o mar, o pelourinho, o por do sol no farol da barra...catar conchinhas na praia do Flamengo...
Passei o resto do ano desempregado.Isso foi a razão do ano fechar com saldo negativo.E ainda estou...tenho contas atrasadas e uma pesada carga financeira nas costas da minha mãe.Isso me angustia muito.E eu preciso resolver isso em 2009.Mas, tenho muita fé que vou dar um jeito...
Conheci amigos novos.A Carol, o Ray, a Barbara, a Bruna, a Lúnia, a Sarah...enfim...Aprendi tanta coisa.Pensei bastante também.
No coração, posso dizer o seguinte: continuo imensamente equivocado. E as tardes de domingo ainda são solitárias, vazias, tediosas e sonhadoras. Bem, que em 2009 eu possa pensar bastante antes de agir.E que a maturidade finalmente chegue, e pra ficar!
Pensando bem, 2008 não foi tão ruim assim...Mas sempre dá pra melhorar.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O espirito de Natal - Parte 2

Junior fica triste de ter de parecer feliz com presentes ruins.Ele num entende o porquê disso.Afinal, se ele falasse logo que num gosta de meias para a vó, talvez ela passasse a dar outra coisa de presente.Talvez algo que ele goste e possa realmente ficar feliz em receber.Mas Junior já está ficando cansado de pensar razoavelmente.Ele começa a entender que o mundo tem um jeito de ser, que ele precisa aprender logo.O natal é uma dessas coisas.
Todo mundo parece melhor no Natal, ou quer parecer.Mas depende pra quem.Se tem intimidade ou é estranho, isso tanto faz; mas se for pra alguém ‘’importante’’, você tem de parecer o melhor possível.
Quando chegaram na casa da Tia Gilda, todos desceram do carro, as meninas se ajeitaram parecendo que iam aparecer na frente do Papa.O pai ajeitou a gravata, jogou o cigarro fora e se olhou brevemente no espelho, abriu uma bala de menta pra ele enquanto as meninas se ajudavam e deu uma bala pro Junior.Quando entraram:
Tia Gilda: Oi Selma, Ted.Que alegria meus amores!Olha, que linda você está Helô... e esse moço forte aqui eim?Quase 8 anos e já está do meu tamanho???
Junior ri e dá um beijo na tia, como quase todos menos Ted fazem.
Selma: Você emagreceu demais Gi!Tá ótima mana...e olha a decoração da casa?!Parece de shoping!
Tia Gilda: Que isso Selminha?!Vamos entrando...Ted, o Rubens ta ali no bar...por que você não vai pegar um whisky?
Ted: Opa!Claro Gilda...falou a minha língua.
Selma: Querido, poe mais gelo que whisky no copo, ok?
Tia Gilda: Deixa ele Selma!Hoje é natal né?E o chefe do Rubens deu pra ele 8 garrafas de Jack Daniels.Alem do mais, fiquei sabendo que você já está sem fumar há um mês.Rubens que me disse que você fez uma promessa.
Ted: Pois é...e sabe que eu nem sinto falta do cigarro?!É incrível...tô me sentindo mais disposto...né Selma?
Selma: Claro querido.Imagina Gilda, que ontem eu e ele fomos ajudar na arrecadação de cestas básicas pro Natal Sem Fome, você sabe como o Ted e eu adoramos ajudar os pobres né?Pois é...e ele andou quase 4 quarteirões sem nem resfolegar.
Ted sai, enquanto Selma o censura com seu olha de ‘’Vê lá o que vai fazer ouviu?!’’.
Chega Gabrielle com uma vestido preto, muito bonita e bem maquiada, ostentando um colar de brilhantes que quase dói a vista de olhar.
Gabi: Oi Helô!Saudade prima!
Heloisa visivelmente chocada: Oi...
Gabi: Helô, você ta linda.Adoro esse estilo simples, despojado, que você tem!É tão clean...eu sou mais perua sabe?Puxei mamãe...se num tiver com uma jóia eu me sinto nua.Tenho tanta inveja desse seu estilinho hippie sabia?É tão difícil eu ganhar uma boa jóia de presente hoje em dia...
Heloisa humilhada dá um sorriso amarelo.As duas se abraçam e desejam feliz natal.Apesar da Heloisa desejar ardentemente que o chão se abra e a engula, o que acontece é algo tão catastrófico quanto, porem sem vitimas alem dela mesma.Gabi puxa ela pela mão, para que ambas fossem para o quarto ver todos os presentes que ela ganhou.Heloisa olha para mãe com ar de ‘’me tire daqui, porrrrrr favorrrrrrrr’’, mas a mãe está de olho nas tacinhas de cristal na mesinha ao lado.Como todo bom cleptomaníaco, ela já está pensando na estratégia de como conseguir essas taças até o fim da noite.
Todos parecem felizes, conversam animadamente.A ceia é servida, e todos se rasgam em elogios e lembram-se de seus momentos felizes.Ted é amoroso com Selma, e a mãe de Selma é gentil com Ted.Heloisa e Gabi parecem ser duas amigas de infância.Rubens e Gilda cantam musicas de natal e todos batem palmas.A bebida corre de taça em taça.
Junior se sente fora do tempo e do espaço.Como se ele estivesse dentro de uma propaganda da Qually ou da Coca-Cola.Ele não sabe o que pensar.Lembra-se de como era há alguns minutos no carro e num reconhece sua família ali.
De repente.Sua avó chega com um embrulho na mão.Todos olham pra eles.Ela entrega o pacote.Junior meio sem jeito abre e vê duas meias cinzas, parecendo dois ratinhos felpudos.A vó sorri, esperando uma reação dele.Selma e Ted seguram a respiração, Heloisa sorri sarcasticamente.Nenhum deles sabe o que vai acontecer e esperam pelo pior.O menino ainda num tem ‘’discernimento’’ pra essas coisas.Selma já pensa: Vou rir quando ele reclamar do presente e dizer ‘’Ele é criança!Vocês sabem como esses monstrinhos são terríveis...mas obrigado mamãe, parece que você está adivinhando que ele tava precisando de umas meias novas.’’
Mas Junior recebeu o presente, abraçou a vó e falou: Eu te amo vovó, foi o melhor presente do mundo todo!Selma respirou aliviada, Ted riu surpreso.Heloisa fez cara de asco pro irmão, enquanto Gilda, Rubens e Gabi batiam palminhas.A vovó abraçou o neto e foi conversar com os adultos.
Junior sentou no sofá, colocou as meias no colo.Olhou pra arvore de natal.Tão linda, tão brilhante...Olhou pra mesa cheia de guloseimas, olhou praquela gente alegre...Olhou pras meias no seu colo...
Esse era o espírito de natal, ele compreendeu.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O espirito natalino. Parte 1

Selma: Vamos Ted!Nós vamos nos atrasar para a ceia de natal na casa da minha irmã!
Ted: Selma meu amor, eu já estou pronto.É que eu tenho que fazer boa figura né?Coloquei aquela gravata de seda.Cadê a Helô e o Junior?
Selma:HELÔÔÔÔ....JUNIORRRRR....QUE INFERNO VOCÊS DOIS!!!!DÁ PRA DESCER LOGO ANTES QUE EU VÁ BUSCAR VOCÊS DOIS Á VASSORADAS....SEUS MERDINHAS!
Descem correndo Junior e Heloisa.Ele desce com um livro na mão e Heloisa super arrumada.
Heloisa: Mãe, eu to horrível....eu num quero ir.
Selma: Cala a boca menina.Você ta ótima...vamos logo.
Heloisa: Aposto que a Gabi vai estar linda na festa da Tia Gilda.Ela sempre está.Os melhores vestidos, os melhores sapatos...e eu parecendo uma mendiga.
Ted: Helô, é natal minha filha, o importante é reunir a família.Ninguém vai estar nem aí pra sua roupa.
Heloisa: É pai....e essa gravata de seda aí?Aposto que o fato do meu tio Rubens sempre usar uma, e ainda te jogar na cara as abotoaduras de ouro, num tem nada a ver com ela né?
Ted sussurra para Selma: Essa menina tem o gênio da vaca da sua mãe.
Selma sussurra para Ted: A vaca da minha mãe vai estar na festa, e ela é sua patroa.Portanto, seu inútil, vê se sorri bastante e num bebe muito por que se você começar a ficar ‘’sincero’’demais na festa, você vai ter de pagar essa gravata com a bunda que você vai dar na rua pra conseguir algum dinheiro...E depois chega em casa bêbado e querendo provar que é macho pra cima de mim...
Junior: mamãe, o que é natal?
Selma: O que?
Junior: Natal mamãe...por que nós sempre vamos na casa da Tia Gilda?
Selma: Ah, meu amor.É o nascimento de cristo, todo mundo comemora.É ocasião de reunir a família...
Todo mundo sai da casa e entra no carro.
Selma: ...e desejar o melhor um pro outro, mostrar o quanto a gente se ama e cantar musicas de natal...
Heloisa: ...Ganhar presentes, que quase nunca são os que você pediu.Ganhar meia da vovó, ver os seus primos ganharem os melhores presentes, comer e ficar gordo, enquanto ninguém lembra de quem ta passando fome na rua, ou na África...
Ted: MENINA, EU VOU ENFIAR A SUA CARA PRA DENTRO SE VOCE NUM PARAR!
Junior: e o que é o espírito de natal?
Selma: ah meu amor, é uma coisa mágica que contamina todo mundo e faz com que as pessoas se sintam mais solidarias, alegres, gentis umas com as outras e...Ted, APAGA ESSA MERDA DESSE CIGARRO?
Ted: Caralho, o carro é meu, o cigarro é meu...vai te fuder Selma.
Param o carro no sinal vermelho.
Heloisa: Ah, que merda...engarrafamento...todo mundo indo passar humilhação na casa de alguem ao mesmo tempo dá nisso.
Selma: Helô, você só sabe falar palavrão?e perto do seu irmão.
Junior: Mamae, você disse que o cigarro do papai era merda.
Heloisa ri, e mãe disfarça.
Ted: Todo mundo fechando as janelas que ta vindo aqueles mendigos pedindo esmola.
Vem uma mulher de uns 70 anos, maltrapilha, com duas crianças e suas carinhas tristes de fome.Batem no vidro.Ted liga o som.O sinal abre e ele arranca quase batendo em uma das crianças ao lado da velhinha.
Ted: que saco esses pedintes...olha, parece que a velha ficou brava comigo.Acho que ela ta me xingando.Praga de pobre num pega!hahahaha
Todos riem.
Selma: Helô, depois de comer, nada de ir pro banheiro...Você sabe do que eu to falando num sabe?
Heloisa: e a senhora nada de pegar as toalhas no banheiro da tia Gilda ta?Natal passado ela quase descobre.
Selma: E que minha bolsa era pequena demais, mas graças a deus a moda agora é bolsa grande.hahahaha
Só ela ri.
Selma: e você Junior, quando sua vó te der as meias...sorria e pareça muito grato ta?
Junior: Mas eu num gosto de meia mãe.
Selma: Mas seu num gostar das meias pra vovó, num ganha presente.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Quem conta um conto, aumenta um ponto.

O Dever de Casa.
Pedro Zemer.

Todos os dias era a mesma ladainha: Quem vai ensinar o dever de casa para a Manuelinha?Ela tem só nove anos.É uma menina doce e indefesa diante de tantos afazeres.Alguém precisa guiá-la pelas sendas do conhecimento, sem que isso se torne uma coisa traumática para a criança.Alguém precisa tomar para si a responsabilidade de educá-la, de dar as ferramentas primevas da critica epistemológica e propiciar-lhe a educação que lhe privilegie.A batuta está vaga, porem ninguém quer assumir a orquestra.
A pequena Manuelinha está sentada, triste.Olhando para seu caderno.Ele parece um cavalo grande demais para que ela possa montar.Pobre criança carente de direcionamento.O dever de casa é sua ‘’pedra de roseta’’, e sua professora deseja sem duvida confundir-lhe com hieróglifos.Mas como ela poderá vencer esse desafio?
Alguem pensou nisso.Sua avó pediu para que seu primo de 17 anos, Alberto, ensine a menina.Ela está contente.O dever de casa é simples, mas Alberto está irritado por não poder ficar o dia todo no quarto escutando The Cure e pensando na sua própria morte.Alberto, como muitos da sua idade, é depressivo e se interessa pela cultura gótica.Ele não assusta Manuelinha por que ela pensa que o primo é um dos Adams.Ela o acha engraçado.
_ Escuta Manuela, o dever é simples: você deve procurar no jornal palavras com mais de três silabas e em seguida formar frases. – diz o primo sendo bastante enfático.
_ Sim, mas onde está o jornal? – Pergunta Manuela, interessadíssima.
O seu primo lhe dá o Caderno Policial.As manchetes são negras.Elas escorrem sangue, as fotos são chocantes.Para ele o apelo é inevitável.Passa mão na tesoura rosinha da Hello Kitty da prima e corta todas as palavras mais interessantes.Ele se empolga fazendo isso e em breve ela passa a ser mera coadjuvante na obra que ela deveria estar assinando.Sua participação deveria se restringir apenas a colar no seu caderno as palavras na ordem que elas são indicadas.Ela não conhece nenhuma daquelas enormes palavras, mas fica encantada com os olhos brilhantes do primo.Ele chega a morder a língua de entusiasmo.
No outro dia, Manuela mal se contem de alegria. Tem certeza que é uma criança especial. Com a orientação do seu primo, seu dever deve ser o mais bem executado em sua classe.Assim que sua professora pronuncia as palavras mágicas: quem será o primeiro a dizer as frases do dever de casa? A menina levanta suas duas mãos e de longe todos reconhecem que ela merece ser a primeira.A professora anui com a cabeça e a menina começa a ler desajeitada:

A crueldade do assassinato impressionou A policia.O Pedreiro estuprou sua filhinha de 10 anos, em seguida esfaqueou a menina e não satisfeito cozinhou suas entranhas e comeu, guardando as partes restantes na geladeira para o dia seguinte.

Manuelinha terminou de ler e sorriu.Sua professora estava pálida.

domingo, 21 de dezembro de 2008

O manifesto emancipatório de nossos corações.



O manifesto emancipatório de nossos corações.


O mercado dos relacionamentos íntimos é como um açougue.Somos reses, portanto.Todos nós um imenso rebanho que se move conforme a toada.Eles dizem: Vai!E nós vamos.Eles dizem: fica!E nós ficamos.É tudo muito simples e muito perverso.Somos classificados pelo império dos olhos.Se somos fortes, portentosos, com cascos e chifres grandes e brilhantes: somos a prata da casa.Com direito a todos os faustos banquetes.Entretanto, se somos magricelas, enfermiços, fustigados por carrapatos ou chagas misteriosas: somos relegados ao escanteio. Sendo assim que funciona.É bem verdade, também, que todos acabam por receber o seu quinhão, desde que corra atrás.Os bois premiados se deleitam na companhia dos bois premiados e comem-se até fartarem-se (e freqüentemente queixam-se de estarem enfastiados com tudo que comeram, e se dizem entediados, e querem mais do que o melhor que lhes é oferecido), já os bois medíocres, esses não comem quase nunca, a não ser migalhas e refugos do jantar dos seus superiores.E eles são gratos pelo pouco que tem, e os que ousam sonhar com mais, são fustigados com a solidão e o descaso.
Não há esperanças para os bois medíocres em encontrarem o favor do cupido, a menos que eles se esforcem para ser bois premiados.Tal processo, cruel e doloroso, se chegar a ser adotado, termina por eliminar algo: a fé de que nessa terra todos tem lugar ao sol sendo exatamente aquilo que é.Não é verdade!
Somos premiados pelo que parecemos ser.Ninguém se interessa pelos seus brilhantismos e graças.Basta que as suas qualidades estejam no especifico rol das qualidades apreciadas pelos leitores da Vogue.Se você tem uma idéia que vale a pena, ou se importa com outras coisas menos proveitosas (como a arte ou o altruísmo, por exemplo), você é taxado de excêntrico e acaba por terminar num quarto sozinho.Mas não necessariamente você precisa ser excelente assim para merecer o mesmo destino; basta ser marcado pelo signo nefasto da DIFERENÇA.Tudo que não reza da cartilha monótona da igualdade plástica e de plástico, é imediatamente sancionado.O que lhe sobrará, se tiver sorte, se continuar a exibir esse comportamento indecente, serão meros acidentes.
Como pode ser diferente?Se mesmo os medíocres bois solitários, aceitam com resignação esse império sobre suas cabeças?De fato, o sonho desses bois é achar um desses bois premiados que por descuido ou tédio lhe dediquem algo de seu tempo e lhe sussurre mentiras e ilusões em seus ouvidos.Essa carência lhes marca o lombo com a indiferença mais tarde.Poderia dizer: há suas exceções, alguns bois premiados se enamoram verdadeiramente dessas desgraças magrelas e vivem uma linda historia juntos (única e maior herança que o amor nos deixa).Mas os bois medíocres se apegarão justamente nisso, e pouca atenção darão a uniformidade do comportamento contrario por parte dos bois premiados: o asco pelos inferiores.
Termino por exortar que esqueçamos essa natureza bovina de nossos corações.E nos dediquemos verdadeiramente á nos mesmos, de forma que cresçamos em forma e conteúdo, não para deleite alheio (se bem que pode acontecer, acidentalmente) mas sim para a realização de nós mesmos, como únicos consortes ‘’pra sempre’’ que teremos pela vida afora.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Minha nova favelinha intelectual!

Perdi meu antigo Blog, o Hipopotamo Pensante (SNIF!SNIF!) porque o goggle do nada deletou minha conta.Então, criei O MEU BURACO QUENTE...ui!

Tendênciaaaa!hahahahaha

É basicamente o Hipopotamo Pensante, só que mais alegre...há males que vem para o bem néam?

Aqui eu continuo colocando minhas reflexões, meus pensamentos, coisas do meu dia-a-dia, dicas, assuntos que eu quero comentar, e exertos da minha vida.
A mesma coisa de sempre: um pouco de mim de forma livre e desordenada.Para o MUNDO!!!RS