terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Equivocado




Tentar o longo equivoco,
Saber que não é este ainda,
Nem será aquele outro,
Nem nenhum.
Sentir um enorme cansaço,
E adormecer sozinho.
Todas as madrugadas são frias,
Todas as camas desertos atravessados,
Todas as marcas confundidas,
E eu no meio de um furacão.
Sou um espelho quebrado,
E em cada fragmento, um rosto,
Errado, magoado, ilusão...
Morder dos frutos,
E deitar fora,
Dormir sozinho e rolar na cama,
Sentir fraqueza no corpo,
Deixar os olhos se cansarem e fechá-los.
Ser sempre o poço das águas paradas,
Fazer tudo errado e insistir,
Sentir torto, amar miragens,
Falar como se soubesse,
Dormir sempre só.